Chegar a defender as cores do Brasil é o sonho de todo atleta, independente de qualquer modalidade. Um sonho alcançado pelo rondonopolitano Heitor Wallas e que foi além disso no último final de semana, em Canoas, no Rio Grande do Sul, onde foram disputados os Jogos Pan-Americanos de Surdos.
Com a amarelinha, o rondonopolitano de 28 anos, que joga de ala direita, com a camisa 6, ajudou o Brasil a faturar a medalha de ouro no futsal. Agora, ele sonha com o Mundial, que deve ser disputado na Itália, em junho do próximo ano.
A final do futsal masculino reuniu, na tarde de sábado (16), no Ginásio da Universidade Brasileira Luterana (Ulbra), os dois principais rivais da modalidade: Brasil e Argentina.
Com atuação destacada de Heitor, os brasileiros atropelaram os hermanos, com uma goleada por 4 a 0. Heitor foi autor de dois gols na final e volta do Rio Grande do Sul para Rondonópolis com a medalha de ouro no peito.
“Feliz em ajudar o Brasil a ser tricampeão do Pan-americano de Futsal. Gratidão a todos que me apoiaram. Agora, é seguir jogando e esperar sair a convocação para o Mundial de Futsal, em 2025”, externou Heitor que, além de marcar na decisão, fez mais um gol na competição, na vitória brasileira diante do Uruguai por 5 a 2.
Para chegar ao lugar mais alto no pódio pela terceira vez, a seleção Brasileira, além de ganhar da Argentina e Uruguai, também venceu com autoridade a Colômbia e Jamaica pelo mesmo placar de 3 a 0 e a Venezuela por 9 a 2.
Superação
Formado em educação física, Heitor tem uma história de lutas e conquistas. “Eu nasci ouvindo. Porém, após contrair meningite, aos dois anos de idade, perdi a audição”, conta ele.
Isto, porém, não foi empecilho para Heitor conquistar o seu sonho de ser um atleta profissional. Inspirado no jogador Falcão, que via pela televisão e é considerado um dos maiores deste esporte em todos tempos, ele conta que começou a jogar futebol, apoiado pela mãe, Maria Aparecida Alves.
“Passei por escolinhas e projetos do Município e fui me aprimorando até me tornar profissional no futsal”, revela com orgulho a sua trajetória o jogador rondonopolitano, que já defendeu profissionalmente times das comunidades surdas de Rio Verde de Goiás, Brasília e Sinop.
Como é
O futsal praticado por deficientes auditivos praticamente não possui diferença da modalidade convencional. O que difere é que a equipe de arbitragem usa bandeiras para sinalizar as infrações e todos os acontecimentos relevantes da partida.
Fonte: A Tribuna MT
Crédito da Foto: Arquivo
Fonte: A Tribuna MT
Crédito da Foto: Arquivo