Botelho defende manutenção da eleição da Mesa e desconversa sobre 1º secretaria

A votação é contestada pelo Ministério Público Federal (MPF), que considera inconstitucional a escolha antecipada

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União), demonstrou confiança na Procuradoria Legislativa do parlamento para garantir a manutenção da eleição de agosto passado, que elegeu o deputado Max Russi (PSB) para presidente a partir do biênio 2025/2026. A votação é contestada pelo Ministério Público Federal (MPF), que considera inconstitucional a escolha antecipada.

 

Segundo ele, apesar da Procuradoria Geral da República (PGR) ter ingressado com uma ação de inconstitucionalidade do artigo do regimento interno, que estabeleceu a última sessão de setembro como data para a escolha da Mesa Diretora, é possível manter a eleição e a regra como está.  

 

“Nós não fomos notificados ainda. Assim que formos notificados, vamos acionar a Procuradoria, já estamos conversando com eles para defender a manutenção da eleição. Haja vista que essa data já existe há mais de 12 anos. Ou seja, não teria sentido essa anulação agora. Nós vamos defender para a manutenção dela”, disse Botelho nesta quinta-feira (31).  

 

Segundo ele, as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema tem se modificado em alguns detalhes, dependendo dos estados analisados e que, por isso, defende que a eleição seja mantida. Questionado se poderia participar de uma nova eleição como primeiro-secretário, Botelho evitou comentar, porém, não negou a possibilidade.  

 

“Temos convicção de que é possível manter assim a eleição. Vamos primeiro trabalhar em cima disso. Eu posso [disputar a primeira-secretaria], mas eu não sei se vou. Primeiro vamos aguardar isso, depois vamos discutir com o pessoal aqui. “Eu não estou trabalhando com essa hipótese de anulação, estou trabalhando com a não anulação”, pontuou Botelho.

 

Nos bastidores, o que se comenta é que, em uma eventual nova eleição, Botelho teria o respaldo da maioria para entrar na chapa como primeiro-secretário. Seria uma forma de amenizar a derrota política que o deputado teve na disputa em Cuiabá, quando sequer chegou ao segundo turno.



Fonte: Gazeta Digital
Crédito da Foto: Marcos Lopes/AL-MT