A Associação dos Camelôs do Shopping Popular emitiu, na segunda-feira (21), um comunicado solicitando aos comerciantes o pagamento da taxa do aluguel do shopping, referente a julho, mês em que aconteceu o incêndio. Muitos lojistas se revoltaram com a cobrança, já que o prédio foi destruído, eles continuam em barracas improvidas e não se recuperaram do prejuízo sofrido.
Em comunicado, a associação afirma que necessita imediatamente quitar uma parcela de R$ 109 mil para pagar a estrutura provisória e os funcionários que estão há mais de 4 meses sem receber o salário.
“Entendemos que muitos dos associados não conseguiram efetuar o pagamento da taxa com vencimento no dia 15/07/2024, tendo em vista a tragédia que nos abalou. No entanto, há compromissos que não podem ser adiados. Precisamos urgentemente quitar uma parcela de R$ 109.000,00 referente a estrutura provisória, que será essencial para nosso recomeço. Além disso, nossos funcionários, que também foram afetados, estão há 4 meses sem receber seus salários”, diz trecho do comunicado.
Em média, cada associado pagava o total de R$ 1.520,00 pelo uso do box, o eu gerava receita de aproximadamente R$ 900 mil por mês.
Desde que a estrutura do shopping foi consumida pelo incêndio, os comerciantes se alocaram em tendas para continuar vendendo duas mercadorias que estavam em estoque ou que forem encomendadas posteriormente.
Em conversa conosco, uma comerciante, que não quis se identificar, disse que os vendedores foram informados que, se não pagarem a taxa solicitada, serão impedidos de ocupar a estrutura nova, montada no estacionamento ao lado do shopping.
“Eles estão pedindo a taxa de condomínio do dia 1 ao dia 15 do mês de incêndio. Se ninguém pagar, não vai ter a loja dentro do shopping, na estrutura nova. No galpão que está sendo feito, todos os comerciantes vão ter que pagar aluguel, a taxa de condomínio, além de R$ 1.800 para instalar energia elétrica no galpão inteiro. É muita maldade, porque os 3 meses que estamos na rua, nós levantamos dinheiro para comprar mercadoria e tentar estabilizar, mas pelo visto, nós vamos entrar lá para ter gasto”, reclamou.
Em nota, a associação afirmou que não possui fins lucrativos e só administra o consumo.
A Associação é sem fins lucrativos e só administra o consumo… temos 3 meses de folha de pagamento atrasados, temos energia, água atrasados! Agora temos os novos compromissos ainda do provisório (tendas, contêiner, parte elétrica, praça de alimentação, manutenção).
A cobrança é do consumo do mês de junho que venceu no mês de julho.
A associação é dos associados, não é uma empresa individual. Estamos ouvindo todos, conversando com eles e vendo situação por situação.
Infelizmente, sem a taxa de condomínio, não conseguimos manter o Shopping em pé.
Agradecemos muito a participação dos associados, que estão nos apoiando muito para ressurgir neste novo recomeço. Além dos nossos clientes e amigos que não nos abandonaram.
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Fonte: Gazeta Digital
Crédito da Foto: Luiz Leite