O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) reuniu-se com a presidente da Associação Rondonopolitana de Pessoas com Transtorno Autista (ARPTA). O encontro ocorreu na Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) de Rondonópolis.
Na ocasião, o procurador do Trabalho Pedro Henrique Godinho Faccioli, vice-coordenador regional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), prestou esclarecimentos acerca da atuação do MPT, especialmente quanto ao combate à discriminação, inclusive na fase de entrevistas e contratação e na ascensão profissional, e à busca pelo respeito à cota legal de pessoas com deficiência. Por lei, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) se enquadram para cumprimento da cota.
Segundo Faccioli, que atua na Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) de Rondonópolis, houve um estreitamento de laços para eventos futuros conjuntos sobre o tema.
O procurador orientou a entidade quanto à possibilidade de contemplação de projetos com recursos oriundos da atuação do MPT, com ênfase no trabalho e profissionalização de pessoas no espectro autista, envolvendo a capacitação para melhor inserção no mercado de trabalho e conscientização de empregadores.
“Considero de suma importância que a sociedade civil organizada conheça melhor o MPT e o seu funcionamento, tanto para fazer eventuais denúncias, quanto para estabelecer possíveis parcerias. Aliás, a atuação em prol de minorias vulnerabilizadas, como as pessoas autistas, constitui uma das nossas prioridades. Não somente para assegurar o cumprimento da cota legal da pessoa com deficiência – para o que podem ser contratadas pessoas no espectro autista –, mas também para buscar mitigar barreiras, por exemplo, combatendo o preconceito pela conscientização de empregadores a fim de que superem eventual receio de contratação e manutenção de pessoas autistas, em relação às quais não pode presumir nenhuma incapacidade”, destacou.
A presidente da ARPTA, Rafaela Virgínia da Silva, relatou que encontra dificuldades para superação de preconceitos na região.
“No encontro nós debatemos um pouco sobre as dificuldades que nós temos dentro da associação com os jovens para inclusão deles no mercado de trabalho, principalmente quando eles falam que são autistas, como funciona a questão do preconceito e que é bem difícil para todos nós. Eu, como autista, já enfrentei desafios no mercado de trabalho por conta do autismo, então é um tema muito delicado, que não é debatido e que acontece diariamente, principalmente na nossa cidade.”
ARPTA
A ARPTA possui, atualmente, cerca de 500 associados(as). É uma associação de caráter assistencial, beneficente e sem fins lucrativos. Com sede na cidade de Rondonópolis, foi criada a partir da união de esforços de pais e mães de crianças autistas.
Fonte: A Tribuna MT
Crédito da Foto: Divulgação
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