Polêmica: Torcida do União exige o time na Série D do ano que vem

Torcida colorada exige a permanência do clube na quarta divisão do futebol brasileiro

O anúncio feito pelo presidente Reydner Souza de que o União EC não vai disputar o Campeonato Brasileiro da Série D de 2025, não foi bem recebido por parte da torcida colorada.

Por meio de uma nota de repúdio, uma organizada do clube diz que esta decisão tomada, unilateralmente, é ilegal e, por conta disso, está pedindo a renúncia do dirigente da direção do Vermelhinho.

“Reydner Souza, a torcida exige a sua saída”, diz trecho da nota, na qual é cobrada também a imediata anulação desta decisão, com a restituição da vaga ao clube no campeonato da quarta divisão nacional.

O time de Rondonópolis conquistou a vaga na Série D de 2025 por ter sido vice-campeão estadual deste ano. No entanto, conforme o A TRIBUNA noticiou em sua edição de domingo, o presidente Reydner Souza anunciou que o União não tem como arcar com as despesas da Série D. Por isso, decidiu abdicar da vaga. A promessa dele é montar uma equipe competitiva para a disputa do Estadual, Copa Verde e Copa do Brasil.

“É fato consumado que o União não vai disputar a Série D do próximo ano. Optamos por desistir com muito tempo antes para não criar expectativa no torcedor, na cidade”, disse ele.

Com a desistência do União, que já teria sido protocolada na Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), a vaga deve ser repassada para o Mixto Esporte Clube.

Os argumentos apresentados por Reydner não foram bem digeridos por parte da torcida, que considera esta decisão como ilegal pois, conforme a nota, fere o estatuto do clube.

“Decisões de tamanha relevância que impactam diretamente o futuro esportivo da instituição, como a cedência da vaga em uma competição nacional, devem ser submetidas ao Conselho Deliberativo para aprovação”, pontua a nota dos torcedores.

Ainda segundo a nota, ao agir unilateralmente em relação à participação no clube na Série D do ano que vem, o atual presidente viola o “princípio da colegialidade previsto no estatuto, que determina que tais decisões não podem ser tomadas sem a devida deliberação interna e consentimentos dos sócios”.

Além do estatuto do clube, a nota aponta que a decisão de Reydner fere também artigos previstos no Estatuto do Torcedor, a Lei Pelé e o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

“Essa ação, além de imoral, fere diversos dispositivos legais e desportivos que regem o funcionamento dos clubes e respeito ao esporte”.

Por fim, além de exigir a saída de Reydner, a promessa dos torcedores é de que não ficarão inertes diante do que consideram ser uma “manobra que atenta contra a ética esportiva e o futuro do nosso clube. Estamos prontos para lutar em todas as esferas legais para proteger os nossos direitos e o nosso patrimônio (União Esporte Clube)”, finaliza a nota.




Fonte: A Tribuna MT
Crédito da Foto: Arquivo