Os vereadores aprovaram, nesta sexta-feira (18), em sessão extraordinária, o projeto de lei que libera a prefeitura a repassar R$ 11 milhões para a Autarquia Municipal do Transporte Coletivo (AMTC), pondo fim a queda de braço que causou transtornos aos usuários do serviço. Com a decisão do legislativo, a frota de ônibus voltou a circular em sua totalidade ainda no final da manhã desta sexta-feira.
O projeto de lei acabou sendo aprovado por 16 votos favoráveis, mesmo em meio à críticas feitas pela maioria dos parlamentares, que reclamou da falta de transparência quanto aos gastos da autarquia.
Com a aprovação do dinheiro, a AMTC deve ter subsídio do Município para operar o transporte coletivo até fevereiro de 2025. Segundo a presidente da autarquia, Priscila Paiva, que acompanhou a votação na Câmara Municipal, o valor aprovado permite que o serviço continue sendo mantido até fevereiro, uma vez que a prefeitura garante um subsídio médio de R$ 1,5 milhão ao mês para a autarquia.
“Temos arrecadado em torno de R$ 600 mil mensais com a bilheteria, mas os custos chegam a aproximadamente R$ 2 milhões ao mês. Essa diferença é subsidiada pela prefeitura”, explicou.
FIM DO IMBRÓGLIO
A votação do projeto pôs fim ao imbróglio entre Câmara e prefeitura que acabou afetando quem utiliza o transporte coletivo na cidade, já que a AMTC reduziu a frota de ônibus em circulação, mantendo somente cerca de 30% do serviço em funcionamento.
Como mostrou o A TRIBUNA, o projeto de lei foi protocolado na Câmara Municipal em 10 de setembro. Até esta sexta-feira estava com pedido de vista do vereador Ozeas Reis (União) e que acabou sendo retirado e liberado para votação.
O vereador alegou que não havia entregue o projeto para votação porque a AMTC não havia informado os gastos e receitas. Por outro lado, a autarquia negou que o vereador tenha feito a solicitação das informações.
Diante do impasse e sem o projeto ir a votação na última sessão ordinária da Câmara Municipal desta quarta-feira (16), a AMTC anunciou que não tinha segurança financeira e por isso, reduziria a frota de ônibus em circulação na cidade.
A medida pegou usuários de surpresa nesta quinta-feira (17). Muitos se atrasaram para o trabalho e escola. Outros reclamaram que tiveram que pagar transporte por aplicativo e que os ônibus ficaram ainda mais lotados que o habitual.
Fonte: A Tribuna MT
Crédito da Foto: Reprodução/TVCA
Fonte: A Tribuna MT
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