Eleições em Rondonópolis: Mulheres ficaram sem espaço nas chapas majoritárias

Entre as mulheres que chegaram a ter os nomes especulados para compor a sua chapa, estavam a vereadora Kalynka Meirelles e a médica Luciana Horta, ambas filiadas ao PL

As mulheres são maioria do eleitorado do país. Em Rondonópolis, por exemplo, elas são 52% dos 175.013 votantes aptos para o pleito eleitoral do próximo dia 6 de outubro. Apesar disso, na disputa pelo comando do Palácio da Cidadania, todas as chapas homologadas nas convenções partidárias do fim de semana são compostas por homens.

As mulheres que estavam sendo cogitadas para serem indicadas como vice ficaram pelo caminho. No pleito passado, em 2020, duas mulheres concorreram como vice entre as oito chapas que participaram daquela eleição.

A empresária Marchiane Fritzen fez dobradinha com o empresário Luiz Fernando Homem de Carvalho, o Luizão. Já a professora da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Bia de Oliveira, compôs a chapa pura do PT na disputa pelo Paço Municipal, com o médico Kleber Amorim.

Para o pleito deste ano, Marchiane, que preside o União Brasil no município, foi cogitada para ser vice do emedebista Thiago Silva. No entanto, ela saiu do páreo, pois o UB, dirigido no Estado pelo governador Mauro Mendes, por conta das articulações na esfera estadual, ficou sob perspectiva de ter que trocar de palanque, passando apoiar o candidato liberal, deputado Cláudio Ferreira.

Embora não tenha sido indicada como vice, Marchiane conseguiu garantir a permanência do UB no palanque do deputado Thiago Silva, que terá na disputa pelo comando do Paço Municipal o empresário Luizão (Republicanos) como vice.

Já o deputado Cláudio Ferreira, o Paisagista, pelo que se comentava nos bastidores, tinha preferência por ter uma mulher como companheira de chapa. Contudo, ele acabou, na reta final, optando para ser o seu vice o médico Altemar Lopes, que é filiado ao Podemos.

Entre as mulheres que chegaram a ter os nomes especulados para compor a sua chapa, estavam a vereadora Kalynka Meirelles e a médica Luciana Horta, ambas filiadas ao PL.

Outro nome cogitado foi o da presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), Geane Lina Teles, indicada para ser avaliado pelo Paisagista pela Federação PSDB-Cidadania.

Kalynka, que era apontada como umas das favoritas nos bastidores do PL para ser a vice, preferiu concorrer à reeleição para mais um mandato na Câmara Municipal.

Sem a indicação para ser vice, a médica Luciana Horta, por sua vez, acabou colocando o seu nome para disputar a vereança. Já Geane, que é filiada ao PSDB e chegou a ser incentivada para entrar na disputa por uma cadeira no legislativo rondonopolitano, optou não concorrer neste pleito eleitoral.

No grupo das chamadas “forças progressistas”, que reúne 11 partidos de centro e de esquerda, não se cogitou, desde o princípio ter um nome feminino para participar da chapa majoritária, que será “puro sangue”, pois será formada pelo ex-diretor do Sanear, Paulo José, e o médico Pedro Maggi, ambos filiados ao PSB.


Fonte: A Trinbuna MT
Crédito da Foto: Arquivo