Sem um espaço definido para a venda de mercadorias, alguns lojistas, que antes ocupavam o Shopping Popular, espalham-se pelas calçadas, com mesas e estruturas improvisadas nas imediações do centro comercial. A Prefeitura de Cuiabá e a Associação do Shopping Popular estudam novo espaço para realocação dos comerciantes, após o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) reprovar a transferência para o Complexo Esportivo Dom Aquino. Frequentadores do espaço também criticaram escolha.
5 dias após o incêndio que destruiu do centro comercial e sem perspectiva de reconstrução do local e realocação para novos espaços, os empreendedores procuraram meios de garantir renda enquanto as possibilidades são discutidas pelo poder público.
Em rede social, a associação publicou imagens de bancas improvisas pela cidade. Algumas delas trazem itens comprados às pressas durante a semana para a revenda, uma vez que todo o estoque foi destruído no incêndio.
Na publicação, o shopping traz a legenda “Recomeços… Palavra que nos caracteriza essa semana! Vamos recomeçar e ressurgir das cinzas!”.
Desde o dia do incêndio, na madrugada de segunda-feira (15), uma das principais pautas de discussões foi onde os lojistas seriam realocados até que ocorra a reconstrução do Shopping Popular. Na terça-feira (16), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) confirmou que a mudança seria para o Complexo Esportivo Dom Aquino, local que, de acordo com o presidente da Associação do Shopping Popular de Cuiabá, Misael Galvão, é o Shopping Popular quem cuida e mantém.
A discussão, entretanto, gerou revolta em algumas pessoas, como foi o caso do advogado Josué Ferreira de Souza, que alegou prejuízos à comunidade que usa o espaço para lazer e atividades físicas. Por fim, o Ministério Público emitiu nota explicando que a mudança não seria viável, uma vez que não atende à coletividade e recomendou a utilização do próprio estacionamento do Shopping Popular.
Além disso, a mudança para o complexo esportivo exigiria modificações para que o espaço pudesse atender os lojistas. Durante a semana, outros espaços também foram discutidos, como Shopping Goiabeiras, o Shopping Orla, o estacionamento do Mercado do Porto e o Centro de Convenções do Parque de Exposições, que foram descartados.
Sem lugar para venda, nem estoque, muitos começaram a fazer vaquinhas pela internet pedindo doações via Pix e influencers pedem ajuda aos comerciantes.
Com o surgimento de campanhas falsas de arrecadação e fraude, a própria associação lançou um meio para auxiliar os prejudicados. A doação pode ser feita por meio de dados disponíveis nas redes sociais do Shopping.
Fonte: Gazeta Digital
Crédito da Foto: Reprodução / Instagram