Quase 50% das famílias mato-grossenses estão endividadas

Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,1% ao fim do primeiro trimestre de 2024, ante 30% em fevereiro

Quase metade (48%) das famílias matogrossenses e de todo o país tem dívidas com o sistema financeiro, aponta relatório do Banco Central divulgado na segunda-feira (27). Os dados são referentes ao mês de março, que apresentou ligeiro aumento de 0,2% no comparativo com o mês anterior. O indicador está próximo ao recorde da série histórica, registrado em julho de 2022 (50,1%).


Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,1% ao fim do primeiro trimestre de 2024, ante 30% em fevereiro.


Com a leve alta das dívidas, os consumidores estão tendo um pouco mais de dificuldade para gerenciar seus orçamentos.
Isso porque o comprometimento da renda das famílias com os bancos fechou março em 26,5% - quase 1 ponto percentual acima em relação ao mês anterior. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda variou de 23,6% para 24,4% de fevereiro para março.


Por outro lado, boletim do Ministério da Fazenda mostra que a inadimplência despencou 8,7% em maio de 2024 entre as camadas mais humildes do país. Conforme a pasta, o principal impulsionador da queda de consumidores com pendências em atraso foi a prorrogação do programa Desenrola Brasil, responsável pela renegociação de R$ 53 bilhões em contas. Ao todo, 15 milhões de pessoas foram beneficiadas.


Crédito e juros
Ainda de acordo com o documento, a taxa média de juros no crédito livre diminuiu em abril ante março. No quarto mês de 2023, a taxa estava em 44,7%. O patamar retraiu 0,4 p.p. e encerrou abril em 53% para pessoas físicas. Já para as empresas, a taxa de crédito foi de 20,9% para 21,3% entre os dois meses.


Já entre as principais linhas de crédito livre para PF, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu entre março e abril, de 128,1% ao ano para 129,9% ao ano. No crédito pessoal, a taxa passou de 42,4% para 42,5% ao ano. Por fim, o Indicador de Custo de Crédito (ICC) manteve a estabilidade na passagem de março para abril, com 21,9%. O número reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.




Fonte: Gazeta Digital