Cidades do interior de Mato Grosso devem ser abastecidas com o arroz importado pelo governo Federal. A medida busca evitar que o produto falte nas prateleiras dos mercados diante da catástrofe do Rio Grande do Sul, estado que detém 70% da produção nacional.
Em entrevista ao programa Tribuna (rádio Vila Real 98.3 FM), a diretora-executiva de administração, finanças e fiscalização da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a ex-deputada federal Rosa Neide, disse que a pasta avalia as regiões mais afetadas. No entanto, a gestora garante que não “há motivo para pânico”.
“O interior de Mato Grosso pode ter dificuldade e lá vai chegar...onde houver necessidade, nós estaremos prontos com estoque importado de arroz, para que ninguém precise aumentar o preço, nem fique desabastecido”, disse.
A ação faz parte de uma medida provisória que liberou a importação até 1 milhão de toneladas de arroz após as enchentes no Rio Grande do Sul terem destruído uma parte das lavouras do grão.
O arroz que o governo vai importar para segurar o preço no Brasil será vendido ao consumidor por, no máximo, R$ 4 o quilo. Um pacote de R$ 5 kg, por exemplo, deverá ser comercializado a R$ 20. Atualmente o mesmo produto é comercializado a uma média de R$ 30 no estado.
A compra de arroz será feita de parceiros do Brasil no Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina, por meio de leilões públicos. “Não é um arroz que vai chegar para concorrer que o do Rio Grande do Sul ou de outros Estados que tem produção maior. Onde houver a possibilidade de falta, o governo entra com o arroz que a Conab já está em processo de importação”, acrescentou.
Rosa Neide ainda explicou que os produtos serão exclusivamente para atender mercados e comércios de médio porte, já que os atacadistas possuem grandes estoques. Ela enfatiza que não há necessidade da população “estocar o produto em casa”.
“Quando o mercado sobe, as redes menores têm dificuldade de acessar. As grandes redes têm arroz estocado, sem dificuldade de faltar no mercado. Só se alguém guardar o arroz, se ele estiver no mercado não vai ter falta”, explicou.
Fonte: Gazeta Digital