O Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) abriu sindicância para apurar a conduta do médico Bruno Gemilaki Poz, 28, acusado de matar duas pessoas e ferir uma terceira, em Peixoto de Azevedo (691 km ao norte), no domingo (21). A apuração interna foi instaurada na segunda-feira (22).
Segundo a nota, a sindicância foi aberta após várias notícias veiculadas sobre a participação do profissional no duplo homicídio. Em filmagem, a mãe do médico, Inês Gemilaki, aparece empunhando uma arma e invadindo a casa onde o atentado ocorreu. Ela matou Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo, e não atingiu o suposto alvo principal, o morador da casa, com quem trava na Justiça uma ação por dívidas de aluguel. O padre da cidade estava no almoço e foi ferido.
“O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) reitera a importância da preservação da vida e o repúdio absoluto a qualquer forma de violência. Os médicos têm um compromisso ético inquestionável com a saúde e o bem-estar da sociedade, sendo sua missão primordial promover a vida e aliviar o sofrimento humano. Portanto, atos de violência são totalmente contrários aos princípios e valores que regem a prática médica, que devem sempre priorizar o cuidado e a proteção dos indivíduos. A conduta ética e o respeito à vida são pilares fundamentais da prática médica”, diz trecho da nota.
Bruno Gemilaki Dal Poz é médico, sem especialidade registrada, com cadastro no Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (MT) e possui registro ativo também em São Paulo.
Ele se formou pelo Centro Universitário Uninorte, em Rio Branco (AC), de onde transferiu seu registro para Mato Grosso. Consta em seu perfil numa plataforma profissional que trabalhou em uma empresa de atendimentos médicos em São José dos Campos, em São Paulo
O médico e a mãe fugiram após o crime e seguem foragidos. Outros dois envolvidos nos homicídios, Márcio Ferreira Gonçalves e seu irmão Eder Gonçalves Rodrigues, foram presos na manhã desta terça-feira (22), em Alta Floresta.
O caso
Mãe e filho invadiram a casa onde acontecia um almoço de aniversário e a mulher atirou contra todos que estavam ali, no domingo (21).
Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo morreram no local. Já o padre foi ferido, passou por cirurgia e passa bem. A vítima principal com quem a família tinha desavenças não foi atingido. Ele teve lesões por conta dos estilhaços de vidro.
Os suspeitos eram inquilinos da vítima e saíram do imóvel deixando dívidas. Por conta dos débitos, o locatário moveu uma ação contra os acusados e isso pode ter resultado no crime.
Fonte: A Gazeta