Restaurantes e bares do Estado ainda operam com prejuízo

Este percentual verificado em fevereiro de 2024 é o pior desde março do ano passado, aponta pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)

Quatro anos após o começo da pandemia de covid-19 que afetou severamente o segmento de alimentação fora de domicílio, 29% dos restaurantes e bares em Mato Grosso continuam operando com prejuízo.


Este percentual verificado em fevereiro de 2024  é o pior desde março do ano passado, aponta pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).


Contribuem para este cenário a queda nas vendas mensais (89%), redução no número de clientes (65%) e custo de alimentos e bebidas (38%), conforme identificado no levantamento. Segundo a Abrasel, os estabelecimentos continuam enfrentando dificuldades de ajustar os preços do cardápio acima do índice geral da inflação.


A maioria (59%) dos estabelecimentos reajustaram os preços conforme ou abaixo da inflação, 29% não conseguiram implantar ajustes e apenas 12% corrigiram os preços acima do índice inflacionário.


"Para reverter esse cenário, as empresas precisam tomar medidas estratégicas e o governo pode desempenhar um papel importante ao oferecer apoio ao setor, que por sua vez, vem se tornando cada dia mais instável economicamente falando.

O diálogo entre o setor público e privado é fundamental para identificar os desafios e buscar soluções conjuntas para fortalecer a economia. Por outro lado, o empresário precisa monitorar sistematicamente os resultados e planejar
ações estratégicas para se manter no mercado’, destaca a presidente da Abrasel-MT, Lorenna Bezerra.


De acordo com a Abrasel, outros 44%dos estabelecimentos instalados em Mato Grosso trabalharam com as finanças em equilíbrio e a minoria (27%) obteve lucro em fevereiro deste ano.


No contexto nacional, 31% dos restaurantes e bares registraram prejuízo no período avaliado pela pesquisa da Abrasel. "Em janeiro houve queda nas vendas, com ligeira recuperação em fevereiro por causa do Carnaval, mas que não foi percebida como uma retomada pelos estabelecimentos. Além disso, a dificuldade em ajustar os preços do cardápio para recuperar perdas é um desafio adicional, junto com o alto endividamento, já que quase 40% do setor tem dívidas atrasadas”, diz o presidente-executivo da Abrasel Nacional, Paulo Solmucci.


Fonte: Gazeta Digital