Investigada por morte de advogado estava vendendo bens para ir embora do Brasil

Maria Angelica já vinha sendo investigada como suspeita em razão de uma briga agrária que tinha com Zampieri, no decorrer das investigações recebemos uma denúncia anônima que dizia que ela estaria vendendo sua área terra a qualquer preço para ir embora do Brasil",

Maria Angélica Caixeta Gontijo, presa acusada de ser a mandante da morte do advogado Roberto Zampieri, estava vendendo sua propriedade por um valor abaixo do mercado para poder ir para fora do Brasil. A informação foi relevada pelo delegado Edson Peck durante coletiva de imprensa neste sábado (23).

"Maria Angelica já vinha sendo investigada como suspeita em razão de uma briga agrária que tinha com Zampieri, no decorrer das investigações recebemos uma denúncia anônima que dizia que ela estaria vendendo sua área terra a qualquer preço para ir embora do Brasil", pontuo.

Ainda segundo o delegado a relação de Maria Angélica com o advogado era confusa e complexa, ambos se conheciam há muito tempo e ele já chegou a advogar em favor dela, porém no decorrer do tempo trocou de lado e eles deram início a briga agrária. Ela foi transferida para Cuiabá após a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira autorizar sua transferência, considerando que o pedido para sua permanência em Minas Gerais não deve ser acolhido, visto que o crime ocorreu na capital.

Delegado Caio Vinicius que foi o responsável por colher o depoimento da custodiada e acompanhar no voou de transferência disse que Maria foi tranquila e vem colaborando com a equipe, porém até o momento ela não confessou ter participação no crime que vitimou o advogado.

"O voo, tanto de ida quanto de volta, foi em total segurança, um voo foi tranquilo, ela estava serena e tranquila conversando com a equipe super respeitosa, porém não demonstrou nenhum arrependimento', pontuou.

Investigações e prisões

Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital.  A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).  

O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado. Já a mandante do crime, que segundo a DHPP é Maria Angélica Caixeta Gontijo, foi presa na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro.

No momento da prisão, a investigada estava com uma pistola 9mm, do mesmo calibre que o utilizado no homicídio do advogado.    

Por fim, no dia 22, o terceiro envolvido foi preso, sendo identificado como Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro. Ele é apontado como provável intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo.     

Polícia aponta ainda que Antônio foi contratado para cometer o crime e recebeu R$ 40 mil. O intermediário despachou uma pistola calibre 9mm, registrada em seu nome, no dia 5 de dezembro, data que Zampieri foi morto. 


Fonte: Gazeta Digital