Pagamento de multa vira impasse e Santos mantém cautela sobre acerto com Carille

Para poder contar com Carille, o Santos precisa desembolsar o valor de U$$ 1,5 milhão ao V-Varen Nagasaki, clube japonês que tem contrato com o treinador brasileiro até o fim do próximo ano

A nova diretoria do Santos mantém a cautela na negociação com Fábio Carille. O clube paulista reconhece que a multa de U$$ 1,5 milhão, cerca de R$ 7,4 milhões, é um obstáculo para acertar o retorno do treinador à Vila Belmiro. O Santos enfrenta crise financeira nos últimos anos e a situação deve se deteriorar com a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro.

 

Para poder contar com Carille, o Santos precisa desembolsar o valor de U$$ 1,5 milhão ao V-Varen Nagasaki, clube japonês que tem contrato com o treinador brasileiro até o fim do próximo ano. A multa é o único obstáculo para o time brasileiro confirmar o retorno de Carille para a temporada 2024.

 

Santos e o técnico já entraram em acordo nos principais pontos da negociação. Assim, o treinador já poderia até iniciar o planejamento do time para a próxima temporada, nestes últimos dias do ano, se o acerto fosse confirmado nesta semana. Ele substituiria o técnico Marcelo Fernandes, que era auxiliar, se tornou interino e foi efetivado na reta final do Brasileirão, que acabou decretando a queda do time.

 

O acordo, contudo, ainda não existe porque Carille só poderá deixar o time japonês se pagar o valor total da rescisão contratual. O treinador se tornou o favorito do presidente eleito do Santos, Marcelo Teixeira, que tomará posse nesta terça-feira. Teixeira tentou Thiago Carpini, do Juventude. Mas não teve sucesso.

 

A grande aposta agora é em Carille, que já havia sido cotado para voltar ao Santos em outros momentos deste ano. Mas as negociações não chegaram a avançar ao longo deste 2023. O técnico comandou o time da Vila Belmiro entre o segundo semestre de 2021, quando evitou o rebaixamento, e o início de 2022.

 

Nos últimos anos, o Santos vem enfrentando dificuldades financeiras, que até culminaram em punições da Fifa por atraso no pagamento de contratações. As dívidas foram amenizadas na gestão de Andres Rueda, mas a situação deve se complicar novamente em 2024 em razão da queda para a Série B, competição que paga menos aos times em termos de direitos de transmissão de TV.