Cesta básica segue em alta pela segunda semana consecutiva em dezembro

Apesar do forte aumento verificado nesta semana, o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, lembra que o custo atual do mantimento segue inferior no comparativo com o mesmo período do ano passado

O Boletim Semanal da Cesta Básica, divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), apresentou o segundo aumento consecutivo no valor do mantimento em Cuiabá, atingindo preço médio de R$ 751,52. A alta, dessa vez, foi de 1,95%, acumulando crescimento de 2,74% no período.

 

Os itens que contribuíram para a alta nesta semana foram o tomate, batata e feijão, com elevação de 14,47%, 11,74% e 3,31%, respectivamente. Cinco dos 13 alimentos que compõem a cesta apresentaram variação positiva nos preços e três se mantiveram estáveis.

 

Apesar do forte aumento verificado nesta semana, o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, lembra que o custo atual do mantimento segue inferior no comparativo com o mesmo período do ano passado.

 

“O valor da cesta continua menor na variação anual, em 3,61%. Apesar dos recentes aumentos no preço da cesta, o que tem relação direta com a alta demanda que as festividades de fim de ano podem gerar, o crescimento observado não o segue na mesma proporção que registrado no mesmo período do ano passado”.

 

 

Com relação à forte variação no valor do tomate, a maturação mais rápida do fruto, favorecida pelo clima mais quente nas regiões produtoras, gerou a diminuição da oferta no período atual, o que pode influenciar os preços verificados. Com isso, o produto também acumula alta de 18,45% nas duas primeiras semanas de dezembro.

 

Para explicar a variação positiva da batata, o Instituto de Pesquisa da Fecomércio destaca a finalização da temporada de inverno e início de uma nova safra, com menor produtividade devido ao aumento do volume de chuvas nas regiões produtoras, prejudicando, assim, sua oferta e impactando no crescimento de preços observados nas últimas seis semanas, acumulando crescimento de 40,68% nesse período.

 

Já a variação no valor do feijão pode ter relação com uma maior movimentação de compra e venda do grão, além das perspectivas de demanda que favorecem o crescimento do seu custo. O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destaca que “apesar do aumento nesta semana, deixando o item ficar com uma cotação média de R$ 7,15/kg, ainda assim há uma queda de 17,15% na comparação com o mesmo período de 2022, o que contribuiu para o mantimento ficar mais barato na sua variação anual”.

 

Para o itens que demonstraram estabilidade no preço, como a carne bovina, pão francês e manteiga, o IPF-MT salienta como positiva, já que os produtos possuem grande peso na cesta e, por consequência, suas variação impactam em grande medida os valores observados.

Fonte: Gazeta Digital