Ele destacou que o Pix tornou-se uma variável macroeconômica importante, ao gerar, além de economia ao setor público, a formalização de empregos e bancarização.
Ao lembrar da criação da plataforma, o presidente do BC voltou a dizer que existia uma avaliação no setor financeiro de que o Pix apenas substituiria os pagamentos por TED e DOC, quando a expectativa no BC era de uma “revolução”. Desde o seu lançamento, o sistema, disse, gerou 9 milhões de novas contas bancárias. “Tem gente que só abriu conta por causa do Pix.”
Conforme Campos Neto, após chegar a bater 175 milhões de negociações num único dia, o Pix caminha para atingir o fluxo de um negócio diário por pessoa bancarizada. “É muito mais que a Índia. Nenhum país do planeta teve a adesão que teve o Pix”, assinalou.
Ferramenta “relativamente barata”
Ao citar as várias consequências do Pix para a democratização bancária e impactos sobre a economia, o presidente do Banco Central salientou que se tratou de uma ferramenta “relativamente barata”. De acordo com ele, para a implantação, o Pix custou menos de R$ 10 milhões.
A manutenção desse instrumento, conforme o presidente do BC, gira em torno de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões por ano.
“Obviamente que, quando o volume cresce, a manutenção aumenta”, disse, lembrando que, no Pix, são realizadas cerca de 175 milhões de operações por dia. “A gente precisa se concentrar nas coisas boas. E as coisas boas estão acontecendo”, disse, citando que dentro do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), conhecido por ser o banco central dos bancos centrais, o modelo do Pix brasileiro é que tem sido usado como estudo de caso.
Fonte: Estadão