Kerry discorda que lei climática dos EUA reduz a competitividade de países como Brasil

Kerry participou de breve entrevista coletiva à imprensa brasileira na tarde de sábado (horário em Dubai), depois de reunir-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O enviado do presidente dos EUA, Joe Biden, para questões de clima, John Kerry, discorda que a lei climática do país reduz a competitividade de economias emergentes, como o Brasil. Kerry participou de breve entrevista coletiva à imprensa brasileira na tarde de sábado (horário em Dubai), depois de reunir-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Realmente não acredito nisso", disse Kerry.

 

Mais cedo, durante um painel na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que a lei climática americana - chamado Inflation Reduction Act (IRA) - retira a competitividade de empresas de economias emergentes.

 

Mercadante disse que o IRA é um "Plano Marshall ao contrário". A lei climática americana oferece incentivos fiscais para a produção nos Estados Unidos de painéis solares, veículos elétricos e outros produtos de energia renovável feitos com metais extraídos nos Estados Unidos ou países com acordos de livre comércio com os EUA.

 

"O que as pessoas estão dizendo é que o IRA está criando um novo marketplace, encorajando empresas em qualquer país a investir", disse o enviado especial do presidente Biden. Kerry argumentou que a lei também encoraja outros países a fazer o mesmo que os EUA fizeram. "Tudo o que fizemos foi dar incentivo fisca para as empresas com agenda verde que decidirem aproveitar", afirmou.