O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República receberá um reforço significativo com o objetivo de assegurar a integridade das instalações presidenciais, tais como o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto.

Embora a medida estivesse prevista em uma portaria de 2017, sua implementação começou apenas em 2022, sendo considerada pelo próprio gabinete como um atraso que pode ter afetado a proteção desses espaços durante os eventos ocorridos em 8 de janeiro.

Na última segunda-feira (27), foram anunciadas medidas que incluem a instalação de 708 novas câmeras de segurança nos ambientes, representando um aumento de 1026% em relação ao sistema atual, composto por 69 equipamentos para o monitoramento de seis instalações: os palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu, além do Pavilhão de Metas, da Granja do Torto e anexos.

O general Roberto Peixoto, secretário de Segurança Presidencial do GSI, comentou que as câmeras poderiam ter contribuído para uma melhor investigação dos ataques ocorridos em 8 de janeiro, não fosse o atraso na instalação.

Além disso, está prevista a instalação de vidros blindados no térreo do Palácio do Planalto, sujeita à aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), devido à possível alteração na cor da fachada do prédio histórico causada pelos vidros mais escuros. Essa medida visa proteger o edifício de cenas semelhantes às observadas nos atos antidemocráticos de janeiro.

Outras medidas de segurança incluem a instalação de pinos hidráulicos na base da rampa do Palácio da Alvorada para impedir a passagem de carros, novos painéis para que os seguranças monitorem as imagens das câmeras de segurança, além de novas guaritas equipadas com detectores de metal e raio-x na entrada dos prédios.

Atualmente, a segurança do presidente e de sua família é garantida por um efetivo diário de 310 militares do GSI e do Comando Militar do Planalto.

O anúncio dessas melhorias ocorreu alguns meses após o decreto de reestruturação no órgão. Em agosto deste ano, o GSI e a Polícia Federal enfrentaram desafios em relação à segurança do presidente da República, resultando em mudanças no gabinete que incluíram o desmembramento da Secretaria de Segurança Presidencial em dois departamentos distintos: um inteiramente dedicado à segurança presidencial e o outro com responsabilidades como a coordenação de viagens, eventos e cerimonial.