Economista alerta para falsas promoções pela 'metade do dobro' e consumo consciente

Em uma entrevista, a professora de pós-graduação em economia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) fornece orien

À medida que a Black Friday se aproxima, o apelo de ofertas irresistíveis já se faz sentir, mesmo antes do dia oficial de compras, marcado para esta sexta-feira (24). Contudo, a economista Aniela Carrara adverte os consumidores sobre as chamadas "falsas" promoções, em que algumas lojas criam uma atmosfera de descontos, mas, na realidade, os preços dos produtos permanecem os mesmos ou, em alguns casos, até aumentam em mais de 50%.

Em uma entrevista, a professora de pós-graduação em economia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) fornece orientações para os compradores evitarem dívidas e consumirem com consciência.

Aniele Carrara destaca duas dicas essenciais para esse período: criar uma lista do que se deseja comprar e realizar uma pesquisa básica de preços desses produtos, comparando com os valores praticados normalmente. "O período da Black Friday é repleto de tentações e promoções. Para evitar cair em falsas ofertas, é fundamental acompanhar o histórico de preços desses produtos, tendo uma noção do preço mínimo e máximo já alcançado", aconselha a especialista.

Além disso, ela alerta os consumidores para a compra por impulso, muitas vezes motivada por descontos chamativos, como "50% de desconto". É importante resistir à tentação de adquirir produtos desnecessários apenas para aproveitar a promoção. O planejamento, portanto, é crucial para evitar endividamentos.

Quanto às compras parceladas ou à vista, Aniela explica que a escolha depende da situação financeira de cada consumidor. Se o valor à vista não proporcionar um desconto significativo, a opção parcelada pode ser vantajosa, especialmente se não houver juros, permitindo que o consumidor tenha mais flexibilidade no orçamento mensal.

O Procon de Mato Grosso está preparado para receber denúncias relacionadas à Black Friday, atendendo à demanda da população. Cristiane Vaz, coordenadora de Gestão de Processos e Documentos do Procon-MT, destaca a importância de formalizar acordos entre consumidor e vendedor por escrito, incluindo detalhes como direitos de troca, exigência de notas fiscais e prazos de entrega. Ela ressalta que, especialmente nas compras online, os consumidores devem ter cuidado com golpes e sugere que evitem clicar em anúncios em páginas desconhecidas, optando por digitar o endereço diretamente na barra de pesquisa para maior segurança.

A preocupação do Procon estende-se às compras virtuais, onde os riscos de fraudes são maiores. A coordenadora enfatiza que o consumidor só tem direito à troca se o motivo for relacionado à qualidade do produto, e destaca a importância de não abrir mão da nota fiscal em nenhuma circunstância.