Persistência na redução da taxa Selic não deve impactar o câmbio, declara Campos Neto

Campos Neto também destacou que as projeções de crescimento têm sido revisadas para cima, não apenas pelo mercado, mas t

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (21) que a continuidade da queda da taxa Selic não deve impactar o câmbio. Segundo ele, o diferencial de juros no Brasil ainda é significativamente alto em comparação com os Estados Unidos, que estão próximos de suas máximas históricas.

Campos Neto também destacou que as projeções de crescimento têm sido revisadas para cima, não apenas pelo mercado, mas também por órgãos do governo, incluindo o próprio Banco Central. Ele mencionou que o Ministério da Fazenda revisou suas estimativas nesta terça-feira e que os bancos também estão reavaliando o crescimento potencial do Brasil.

Estas observações foram feitas durante a participação do presidente do BC no evento "Fórum de Brasília", organizado pela Arko Advice.

Quanto à política climática, Campos Neto reiterou que deve ser uma prioridade, mas ressaltou a importância de entender os custos associados a essa política. Ele destacou que os Estados Unidos têm grandes despesas com sua política industrial e de defesa, e alertou para a série histórica de dívidas de países desenvolvidos, que considerou uma "enormidade" e que pode ter implicações, incluindo uma possível escassez de liquidez para as economias emergentes.

O presidente do BC enfatizou a necessidade de os países em desenvolvimento fortalecerem suas medidas no contexto de um mundo com menos liquidez.