O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, reafirmou na sexta-feira (17) a posição do Papa Francisco de que a Igreja Católica deve permitir o batismo de pessoas transgênero e homossexuais. Em uma entrevista ao “Sky TG24 Live In Genova”, Parolin comentou o recente documento do Dicastério para a Doutrina da Fé sobre o batismo de pessoas trans e filhos de casais homossexuais.

Ele afirmou: “Estou convencido de que estas pessoas devem ter o direito de receber o batismo, ninguém deve ser excluído se tiver as devidas disposições”. Parolin destacou que a Igreja se oferece e abre suas portas a todos, mas a decisão de aceitar essa oferta é individual, pois ninguém deve ser forçado a fazer parte da Igreja.

Sobre o documento, Parolin esclareceu que não é totalmente novo, referindo-se a disposições anteriores. Ele salientou que o documento aborda o batismo de transexuais, enfatizando que eles podem recebê-lo nas mesmas condições que os demais fiéis, evitando escândalos.

O cardeal ressaltou a importância de considerar essas orientações, tanto no batismo de transexuais quanto no de filhos de casais homoafetivos, garantindo a possibilidade de educação cristã.

Recentemente, o Vaticano decidiu que a Igreja Católica deve permitir o batismo de transgêneros e também permitir que eles sejam padrinhos em batizados e em casamentos, com certas condições. O documento, em resposta a seis perguntas do bispo de Santo Amaro, José Negri, estabelece que um transexual pode receber o batismo, desde que não haja risco de escândalo público ou desorientação nos fiéis. A decisão, no entanto, fica a critério dos padres, que devem agir com prudência. Além disso, a Santa Sé destaca que uma pessoa em uma relação com outra do mesmo sexo pode ser testemunha de casamento, desde que viva de acordo com a fé.